Pela Equipe de Comunicação e Marketing
“Sentado como um peregrino, nas adjacências do Templo, Jesus foi notado por um grupo de sacerdotes e pensadores ociosos, que se sentiram atraídos pelos seus traços de formosa originalidade e pelo seu olhar lúcido e profundo. Alguns deles se afastaram, sem maior interesse, mas Hanã, que seria, mais tarde, o juiz inclemente de sua causa, aproximou-se do desconhecido e dirigiu-se-lhe com orgulho:
– Galileu, que fazes na cidade?
– Passo por Jerusalém, buscando a fundação do Reino de Deus! exclamou o Cristo, com modesta nobreza.
– Reino de Deus? tornou o sacerdote com acentuada ironia. E que pensas tu venha a ser isso?
– Esse Reino é a obra divina no coração dos homens! esclareceu Jesus, com grande serenidade.
– Obra divina em tuas mãos? revidou Hanã, com uma gargalhada de desprezo.” [1]
O sacerdote não reconheceu naquele homem incomum, vestido e calçado simplesmente, o profeta bíblico aguardado, o rei que redimiria Israel e traria paz e justiça. Estava diante do Messias, do Governador do Planeta Terra, do Edificador do Reino de Deus e não O percebeu. Ao contrário, tratou-O com zombaria e escárnio.
A inquirição do juiz continua ríspida, e as respostas do Galileu são consistentes: “Meus companheiros hão de chegar de todos os lugares.” “Nenhum mármore existe mais puro e mais formoso do que o do sentimento e nenhum cinzel é superior ao da boa vontade.” “Sei qual é a vontade de meu Pai que está nos Céus.” “Conheço o amor e a verdade.”
O Mestre falava da reconstrução do homem velho pela reforma íntima; das energias invisíveis da renovação; da paz no coração do justo e da confiança em Deus; do carinho, respeito e consideração para com toda a criação divina; do serviço fraterno como lei de amor aos semelhantes; das alegrias imorredouras... E esboçou sábia e perfeitamente toda a revelação que o Espiritismo desvelaria, posteriormente, consolando o espírito de boa vontade e conduzindo a Terra ao alvorecer de uma nova era de renovação moral e social.
“A edificação do Reino Divino é obra de aprimoramento, de ordem, esforço, aplicação aos desígnios do Mestre com base no trabalho metódico e na harmonia necessária.” [2]
Mas, como conquistar equilíbrio e fé raciocinada, se somos falíveis, viciados e estamos inseridos em contextos de vida tão desafiadores?
“Tudo na vida tem uma saída simples. Bastar-nos-ia utilizar a inteligência e o conhecimento já conquistados para que pudéssemos enxergar ângulos novos, até então, inobservados... Por tudo que já passamos e vivemos, podemos nos considerar aptos para a melhoria necessária do nosso equilíbrio e harmonia íntimos e, se ainda nos demoramos em dores e sofrimentos é porque não temos analisado nossa essência e nem tampouco tirado proveito do aprendizado das vivências acumuladas, que deveriam ser alavancas de libertação para a conquista da liberdade definitiva, da felicidade sonhada.” [3]
A prece é uma saída! Ela nos harmoniza, “porquanto aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.” [4]
O trabalho no Bem é uma saída, porque é oração “de espírito para espírito e, sem dúvida, representa uma escada viva pela qual o socorro divino pode descer facilmente da Vida Mais Alta, em nosso favor.” [5]
Jesus é a mão amorosa de Deus que acena o ponto de partida, o caminho da retidão mais perfeito, a saída pacífica e a chegada vitoriosa ao Reino do Nosso Pai Celestial!
“A Boa Nova de Jesus traduz-se em compêndio prático de alegria, perseverança e abnegação diante dos percalços do mundo. O Cristo, sobretudo, não nos furtou às benesses do Reino do Pai, apequenando-se para nos ensinar a servir; perdoando para estendermos perdão com o definitivo esquecimento do mal; humilhando-se, abençoando nosso entendimento tosco e limitado aos atributos a bondade sem máculas, nem exigências; e acima de tudo, amando-nos indistintamente, sem cogitar de ser amado...” [6]
[1] XAVIR, Francisco Cândido. Capítulo 3: Primeiras pregações. In: Boa Nova (peça em nossa livraria). Pelo Espírito Humberto de Campos.
[2] XAVIR, Francisco Cândido. Capítulo 177: Edificação do Reino. In: Vinha de Luz (peça em nossa livraria). Pelo Espírito Emmanuel.
[3] CARVALHO, Maria Fátima Ferreira de. Capítulo 20: O Simples e o Complexo. In: Escrevendo Palavras Modificando Conceitos. Pelo Espírito Angélica. Belo Horizonte: Caravana de Luz Editora, 2011.
[4] KARDEC, Allan. In: O Livro dos Espíritos (peça em nossa livraria). Questão 660: comentado pelo Espírito Miramez, psicografia de João Nunes Maia.
[5] XAVIR, Francisco Cândido. Capítulo: No Trabalho – Oração. In: A Verdade Responde (peça em nossa livraria). Pelo Espírito Emmanuel.
[6] RODRIGUES JR., Adail Sebastião. Capítulo: Boa Vontade. In: Receitas de Amor e Paz. Por Espíritos diversos. Belo Horizonte: Caravana de Luz Editora, 2009.
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